sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

A Cidade do Verão com Frio



O Desempregado

Um pedido feito em fevereiro desse ano ao FBI (Federal Bureau of Investigation - Escritório Federal de Investigação), por um cidadão anônimo, ontem, deixou a diretoria de queixo caído: Abrir um arquivo X em nome do aparecimento de um gato empalhado numa residência no centro de Curitiba.

Detalhando a ocorrência -
Madrugada, 31 de janeiro do mesmo ano em que o pedido foi anunciado. Calçada no centro da capital. Após xingar um prédio por parecer estar na frente da Lua, uma adolescente tira uma foto do que parecer ser algo desconhecido para leigos. Mas nem ela sabe do que se tratava. “ A Verdade está lá fora”.


Uma argumentação começa. O tatuador era vidente. A figura do bêbado que veio cantar blues resolveu meter cebola e faca na história e perde seu membro... Uiii. Noite das Garrafadas, um bardo briga com umas fadinhas na frente do padeiro, esse chegava para mais um dia dentro de um forno. Um ser humano – há dúvidas sobre sua origem – que perdera o ônibus começara a falar e, pelo que parecia não conseguira parar mais. Um par de sapatos. A Casa do Sol Nascente. O cara que se cagou enquanto afinava a harmônica. As portas fechadas de uma igreja que cobra cinco pila’ por nome na missa de sei lá quantos dias. Mais vinho. Uma chuva de bolinhas de fogo- parecidas com os kiwi - que cantavam “ Penso logo, existo”. Uma senhora que voltava do banheiro sem sapatos. Uma coisa que não fora vista e estranhamente notada por um transeunte perdido, foi a ausência de cachorros na noite, por toda a extensão onde os fatos citados são citados de ocorrerem.


Um cara acordou com um susto, ufs... Era um pesadelo. O cara dormira mal por outro motivo, algo como uma prova com alguma importância. E agora ele estava desempregado arranhando uma viola pelo tempo a fora. Fui quando pegou seu celular. Havia algo de estranho nele. A fotografia de uma coisa além do real, mais do que surreal, perdida no que chamamos de realidade verdadeira. Entrou em contato com o oitavo passageiro para chamar a galera: ia ter farra no Largo Sem Ordem com vinho e polenta frita, viola e gaita, doidos e pirados.


Além disso, quando todos estivessem cansados no Bar da Esquina, que fica no meio da quadra de um quarteirão eneágono, seria servido uma sopa com miúdos, miúdos que parecia ser de galinha, descartando essa possibilidade irreal alguém disse que eram de kiwis atropelados nas estradas que ligam Travesseiro ao Fundo da Mala. Ao sair da casa do gaúcho o cara viu algo, um gato empalhado, o kiwi marrom xeretando nos livros de filosofia.


Sabe-se pouco em que deu o caso, mas o cara voltou tarde para casa naquele dia com uma idéia. Caçou todos os kiwis, prendeu-os em barris de carvalho. Com a condição de fazer cinqüenta isqueiros ultra-automáticos por dia, sim automáticos, para as pessoas que tem problemas em ascender um comum, eles poderiam sair para fumar nas noites de Luas desaparecidas.


08.02.08

p.s.: Ba! Que data bizarra.

Se cortar o mêsde fevereiro numa diagonal, o dois torna-se um oito. 08.08.08...